CAPÍTULO I
O REI
Era uma vez um Leão que herdou o reino da selva. Muito bondoso, inexperiente porém, resolveu passear pela floresta para os aprender sobre animais, conhecer os seus problemas e governar em benefício de todos.
Sozinho e disfarçado de qualquer um felino, visitou todas as tocas, todos os tocos, buracos, galhos, Ninhos, procurando entender como Necessidades de cada súdito. Pará seu espanto, logo percebeu que corria alguns riscos. A selva estava muito perigosa. A luta pela sobrevivência gerava violência. Parecia que os animais não conversavam a mesma língua. Era cobra engolindo cobra. E os bichos menos favorecidos pela natureza, se escondiam de medo. Tanto medo que alguns buscavam um pouco de hibernavam e alimento. Uma floresta tão encantadora, mas que não podia ser apreciada em paz.
De volta ao palácio o rei reuniu os seus conselheiros e Estabeleceu uma tarefa de encontrarem uma solução para uma ociosidade ea ignorância dos bichos, em sua opinião já que estas eram as causas de tanta violência.
Não demorou muito para que uma Coruja apresentasse uma idéia grande: O Rei Deveria dar escola para todos, uma escola rígida, que qualificasse cada súdito para o trabalho de encontrar um alimento sem Necessidade de engolir o próximo.
Imediatamente o Leão chamou o João de Barro para arquitectar como salas de aula. Determinou que desapropriasse um ótimo pedaço da floresta e gastasse o que fosse preciso para uma selva ter uma escola pública boa.
O rei mandou também que os pica-paus construíssem cadeiras, carteiras e Lousas. Bicos à obra, lá se foram, felizes com as ordens do novo monarca.
Surgiram apenas Dúvidas na hora de escolher quem seria o professor ideal para tão nobre tarefa. Os conselheiros êáôÜøõîçò Olharam para uma Coruja que se defendeu sem pestanejar:
- Senhores, cada macaco sem galho seu! Tenho uma formação Necessária, mas não conseguiria Manter a disciplina da turma. Inteligente, e domesticável, enérgico quando necessário, é o Cão Policial.
O Rei adorou a sugestão. Chamou o indicado, acertaram os detalhes. O salário era muito não, mas afinal, ele iria apenas dar aulas.
O cachorro, todo orgulhoso, saiu do Palácio latindo forte e com uma incumbência de montar sua equipe de trabalho, um currículo e os conteúdos ideais para todos os bichos.
Agora, era só esperar ficar tudo pronto isto e os Problemas da selva estariam resolvidos.
No dia seguinte já havia cartazes de propaganda do Reinado em todas as árvores: "Mudar a educação é mudar a floresta!"
CAPÍTULO II
A ESCOLA
Infelizmente como raposas e algumas aves de rapina foram encarregadas de tomar conta da construção da escola. Claro que Aconteceram problemas. Em tudo tiravam proveito particular. Logo de cara escolheram o pior terreno para uma grande obra. Uma imprestável Ribanceira. Gastaram pouco e disseram ao Rei que tinha uma área Sido caríssima. Até o Tatu-Bola participou da mentira para tirar algum lucro na hora de fazer uma Terraplanagem. O João de Barro não gostou nada da história. Percebeu que tinha boi na linha, mas foi convencido de que eram ordens do Rei, algumas lascas para economizar. Até o barro utilizado para construir as classes também não era dos melhores. A raposa Roncou que viria uma argila especial de uma floresta distante. Mas era tudo esqueminha com o Tatu.
*
Na marcenaria dos Pica-paus também o mar não estava para peixes. A madeira que os compraram Gaviões era de péssima qualidade. Além disso como todas DECIDIRAM Águias que as carteiras Deveriam ser iguais para que fosse uma produção mais rápida. Portanto, os pica-paus não puderam planejar um tipo de carteira para cada bicho. Revoltados, os marceneiros ameaçaram fazer um protesto. Rapidamente gritou uma Raposa:
- Quem continuar fazendo bico mole estará descumprindo as ordens do Rei. Ele tem pressa que uma escola fique pronta.
Um Pica-pau vermelho ainda tentou alertar que o Elefante não caberia naquela carteira e que a cadeira não aguentaria seu peso, mas o Gavião soltou o seu grasno estridente:
- Sapo de fora não chia! Nós somos os Encarregados do Leão. E vamos ao trabalho!
Assustados, afinal uma ave de rapina é sempre uma ave de rapina, os Pica-Paus bicaram até terminar o serviço.
*
E finalmente, apesar de tantas rapinagens, a escola ficou pronta. Bonita, apesar de não ter espaço para correr, não ter lago, árvores e outros brinquedos que, como todos sabem, adoram os bichos.
Faltavam apenas os preparativos para o inicio das aulas.
O Rei, acreditando que todas as ordens cumpridas suas teriam sido, Tratou logo de fazer um grande discurso:
- Súditos súditas e, esta será a escola dos sonhos, e patati-patata, patati-patata e todos Aqueles que Urros feras como dar cada vez que usam querem dominar o pulo do gato para uma bicharada.
CAPÍTULO III
A CLASSE
No primeiro dia de aula a classe estava um balaio de gatos. Eram mugidos, urros, uivos, cacarejos, miados eo latido descontrolado do Cachorro Policial tentando Conter animal aquela cena.
Não demorou muito para o Hipopótamo quebrar uma carteira quase que sem querer. O Jaboti, desesperado para ajeitar o seu casco duro na cadeira inadequada, acabou rolando pela sala e Machucando o focinho do Tamanduá, que fuçava o Assoalho à procura de algum bichinho de terra. O Elefante, ofegante de calor, não sabia aonde enfiar uma tromba de açúcar um pouquinho de água para jogar um jato refrescante e sobre si. Os felinos subiam nas carteiras, os macacos se penduravam sem brilho ea Girafa, coitada, nem mesmo conseguia entrar direito na sala com o seu pescoço comprido. As hienas, hostis bem, nenhum fundo da classe, em bando, traquinagens arquitetavam e riam o tempo todo da situação deprimente na qual o Cão se encontrava. Uma Pomba, toda de paz, se sentia um peixinho fora d'água, enquanto que o Condor só conseguia pensar em se ver livre daquela aflição.
*
O professor sabia que precisava tirar um coelho da cartola. Fez cara de bravo, mordeu os mais exaltados e encheu uma lousa de lição. Por algum tempo, quase um silêncio reinou entre as feras. Porém, apenas copiando o tempo todo Estavam as ovelhas eo Papagaio. Os demais, bastante aflitos, tentavam inutilmente Exercer as habilidades que não possuíam. O Pato, nem mesmo conseguia pegar nenhuma lápis. O Morcego enxergava sequer uma lição. A Tartaruga, muito lenta TENTAVA, mas o Cão apagava a lousa ainda quando ela estava copiando o cabeçalho. O Bicho Preguiça cochilava, o Castor roia uma cadeira. O Gato fazia pose de esperto e ronronava disfarçando para não ser questionado pelo professor. A Avestruz escondia a cabeça debaixo da carteira, toda envergonhada por não entender uma tarefa.
Distraído em sua ardua Função de escrever e apagar a lousa, o Cão Policial nem percebeu quando o Burro, revoltado por não saber fazer nada, deu um coice não Galo de Briga que saiu dando esporada não Tigre que arranhou uma cobra que picou que o Panda Saiu da classe autorização, sem, soltando lágrimas de crocodilo.
Era hora de bater na cangalha para entender o Burro. O cão, que havia Sido treinado para atacar quando fosse preciso, olhou para uma classe, babando de raiva e disse:
- Macaco que muito pula quer chumbo! Vou tirar dois pontos de toda a classe e ficarão sem ir ao recreio.
A turma ficou revoltada. A bagunça aumentou. O Lobo acabou tomando uma advertência eo Papagaio foi suspenso por três dias porque falava mais do que uma matraca.
Finalmente soou o Cuco e uma aula terminou.
CAPÍTULO IV
O Cachorro Louco
Ao término do ano letivo, o resultado desastroso. O Cachorro, de tanta raiva, acabou ficando louco. Babava O tempo todo e esbravejava pela selva acusando uma Coruja de amiga da Onça. Afinal, ela o teria metido naquela cama de gato.
Os alunos também acabaram em papo de aranha. Quase todos foram retidos. Muitos desistiram antes do final do curso, inclusive uma Tartaruga que tinha ótimo comportamento. Promovidos, apenas as ovelhas, já E OS Papagaios por mensagem eo Bicho Preguiça freqüência por que de tanta preguiça nem saia da escola.
Ao saber dos índices de evasão e repetência o Rei ficou uma fera. Reuniu Imediatamente os seus conselheiros e estes Exigiu uma boa explicação e, pressionados, para tirarem os rabos da reta, jogaram a culpa não professor.
O Rei até quis conversar pessoalmente com o cão para ouvir a sua versão sobre os fatos. Porém, a Coruja o convenceu de que não seria seguro chegar perto de um Cachorro Louco. É claro que ela não queria era entrar em uma fria, mas o Leão nem percebeu.
Convencido de que precisava encontrar um professor melhor preparado, o Rei decretou que haveria um concurso público grande na floresta para que fosse Possível resolver este problema. A Coruja se encarregou de divulgar uma bibliografia. Os candidatos ao cargo Deveriam conhecer obras famosas como uma Pedagogia do Oprimido Bicho, O Construtivismo na Selva, Pedagogia da Exclusão de Espécies, Avaliação da Aprendizagem Animal, Uma Relação Bicho / Escola, Pedagogia Diferenciada para Feras e tantas outras.
A notícia sobre a vaga se espalhou rapidamente. Uma fila imensa se formou na frente do Palácio. Muitos bichos Estavam desempregados. Só não se via na fila nenhum cachorro policial. Afinal, gato escaldado tem medo de água fria. Mas até os Vira-Latas propuseram se a disputar uma vaga.
A prova foi realizada na escola. Sem aluno por perto ela era linda. A maioria dos candidatos nem imaginava que o futuro professor teria que lidar com um monte de bichos com Espírito de Porco.
*
O Leão tinha pressa que a escola de cara nova reiniciasse suas atividades. Mandou divulgar o resultado do concurso Rapidamente. E para surpresa geral um outro Cão seria o novo professor. Só que desta vez ele era um Pastor.
CAPÍTULO V
O CÃO PASTOR
Havia uma boa explicação para o Cão Pastor ter passado sem concurso do Rei. Não tinha Sido apenas sorte de Coelho. Ele já sabia como cuidar de rebanhos. Porém, agora estava diante de um grande desafio. Afinal, Dóceis São Ovelhas, iguais e Dificilmente se dispersam. Bem pastoreadas elas caminham sozinhas. O professor sabia que diante de tantos animais diferentes, teria mais dificuldade para vender o seu peixe. Precisava, antes de tudo, Decidir o que ensinar, ensinar para quem e para que ensinar. Tinha certeza de que, se errasse nestas decisões, a vaca poderia ir para o brejo.
Sua primeira atitude foi solicitar ao Rei que contratasse mais alguns bichinhos para formar uma equipe pedagógica. Ele percebeu que não conseguiria resolver sozinho aquela espinha de peixe. Democratizar seria Fundamentais, como relações e as Decisões na escola. Para fazer um bom diagnóstico da situação era preciso uma quantidade maior de animais e que Fossem bem preparados e bem alimentados, um para que não ficasse tentando comer o outro. O Rei, de pronto, mandou que chamasse uma Coruja alguns outros bichos que se classificaram no concurso.
Enquanto aguardava, o Cão Pastor resolveu sair à procura do Cachorro Policial. Ouvi-lo parecia-lhe essencial para que não caísse no mesmo papo de aranha.
Distante da relação professor / aluno, o Policial já estava menos doente. Os conselheiros do Rei, que, inclusive propuseram passasse um tomar conta da biblioteca dos bichos.
O antigo professor ficou muito contente com o carinho e com um Consideração do mestre novo, pois, afinal de contas, tinha adquirido bastante experiência com tudo o que tentou fazer para funcionar uma escola. Logo de cara foi dizendo:
- Eu sei que não consegui os resultados que Gostaria. Até hoje não encontrei os caminhos ideais para uma educação mais eficiente. Entretanto, tenho certeza de que não fui o único culpado. Sai de lá babando porém, não me deram as condicoes ideais de trabalho. Aquilo estava muito sucateado. O prédio era inadequado bichos e faltavam cozinheiros, psicólogos Ikonos bichos, bichos. E uma das maiores dificuldades era lidar com uma classe superlotada de animais tão diferentes.
O Cão Pastor olhou pensativo para o Cachorro Policial que agora mais parecia um vira-lata e entendeu que o buraco era mais embaixo. Agradeceu tudo o que havia aprendido com o companheiro de profissão, se despediu e voltou para uma escola com uma incómoda impressão de que o bicho ia pegar.
CAPÍTULO VI
A EQUIPE
O Leão, depois de receber de Informações do Cão Pastor, percebeu que tinha Sido enrolado pela Coruja. Irado, botou os bichos pra fora e usou toda a sua língua felina contra a sua mais antiga conselheira e disse:
- Chega de bicho intelectual fazendo corpo mole. Daqui para frente você vai botar E as garras na massa. Vai fazer parte da equipe pedagógica do Cão.
O Rei, na realidade, acabou matando dois coelhos com uma cajadada só: já que estava mesmo precisando arrumar uma boquinha para sentir sua companheira, nomeou-a para o antigo posto da Coruja. Afinal atrás de todo Leão existe sempre uma grande Leoa.
*
Na primeira reunião pedagógica com sua nova equipe formada pelo lírico Sabiá, pela Visionária Águia, e pela inteligente Coruja, pelo maleável Camaleão, pelo cauteloso Lobo, Papagaio Alegre pelo e por sua antiga amiga submissa Ovelha, o Cão Pastor cumprimentou a todos, desejando boa sorte na execução dos trabalhos e sem querer antecipar as opiniões que já tinha formado sobre a escola, para que refletisse uma equipe amadurecesse e uma visão conjunta sobre os problemas, anunciou a primeira grande tarefa coletiva:
- Senhores, nossa ação inicial será fazer um diagnóstico cuidadoso da clientela, da comunidade de animais e de toda a realidade das feras, para descobrirmos aonde o bicho pega. Só depois disso teremos Condições para propor alterações como NECESSÁRIAS para que esta se transforme na escola dos sonhos da selva.
A equipe gostou do espírito democrático da reunião, se sentiu valorizada e confiante de que Seria possível resolver aquele dente de coelho.
Antes, porém, de encerrar o primeiro bate-papo e também para mostrar que não era burro, o Cão Pastor deixou uma pergunta que ninguém esperava:
- Considerando que cada bicho EMITE um som e tem diversas características e Necessidades diferentes, o que seria, de fato, comum a todos? Que linguagem nos uniria para uma construção de uma selva melhor?
Os educadores, visivelmente, foram para casa com uma pulga atrás da orelha.
CAPÍTULO VII
O TRABALHO COLETIVO
Na reunião seguinte, tentando mostrar serviço e ainda se sentindo um sapo de fora, uma Coruja foi a primeira a erguer um ulular asa e, disfarçando, eficácia sem, uma arrogância sua:
- Desculpem a ignorância do macaco, mas um OMSS, Que Para aqueles que não sabem é a Organização Mundial de Saúde da Selva, que determina uma quantidade ideal de bichos em uma sala é de no máximo vinte.
O Sabiá, Atento a fala da Coruja, também e se sentindo um estranho no ninho, acrescentou:
- E além disso precisamos de uma educação mais eficaz e afetiva. Uma educação que prepare o bicho de hoje para Desfrutar os Benefícios da selva protegendo-a para o amanhã. Uma educação de respeito coletivo, de carinho e de amor. Um amor Capaz de Relações Gerar que edifiquem uma floresta para uma vida melhor.
Todos ouviram emocionados, enquanto o Cão anotava tudo cuidadosamente.
O Papagaio, muito falador, mostrou preocupação com uma linguagem:
- Mas tudo o que já foi dito não pode ficar só da boca para fora. É importante que se leve em Consideração que cada bicho tem uma voz diferente. Logo, como matérias não iguais también. As aulas PRECISAM ser diferenciadas.
A Águia parabenizou a fala do Papagaio e grasnou:
- Os bichos não são diferentes só na voz. Cada qual tem habilidades distintas bem. Não podemos imaginar uma selva com todos tendão os mesmos papéis. Estaríamos quebrando a cadeia da natureza. Precisamos, portanto, de um planejamento cuidadoso, para atender bem diagnosticado, como Necessidades de cada espécie.
O Uivo do Lobo caiu feito uma luva sobre os dizeres da Águia:
- Então precisamos também rever a arquitetura do prédio escolar, das salas de aula, do pátio, do espaço externo e das carteiras. Criar Lagos para os Elefantes e Hipopótamos, salas adaptadas para bichos menores, um pátio com árvores para os brincarem Macacos e carteiras apropriadas para os animais mais Sensíveis e para os mais pesados.
A Ovelha parecia uma vaquinha de presépio. Só balançava a cabeça e concordava com tudo.
Já o Camaleão, ouvindo as opiniões e Sintetizando, arrematou:
- Com tantos desafios, a harmonia tem que ser um dos nossos alicerces. E isto só sera possivel se conversarmos a mesma língua. A produção de um texto que nos una Deve ser a nossa meta. Temos que ESTABELECER relações entre as várias matérias que estudaremos os bichos com.
O Cão Pastor ia pegar uma palavra quando uma Coruja alertou a todos para um problema muito sério:
- Não quero que pensem que estou puxando a sardinha para o meu lado, mas não podemos nos esquecer de que alguns animais necessitam de um curso noturno de qualidade: o Morcego, o Pirilampo, o Vaga-lume e é claro, como Corujas.
- Muito bem lembrado, disse o Cão, enquanto completava as suas anotações. E habilidoso, Com toda a sua cara de pastor, o Cachorro parabenizou os membros da equipe porque haviam encontrado a resposta para a pergunta deixada por ele na reunião anterior.
Ninguém entendeu nada. Mas como em boca fechada não entra mosquito, aquele silêncio reinou.
A Ovelha, para mostrar intimidade, perguntou:
- Meu Melhor Amigo Cão, poderia explicar novamente?
E o Mestre, sem retribuir Necessariamente uma amistosidade, completou:
- Ora senhores, algumas respostas não são individuais. Apenas com uma busca coletiva podemos encontrá-las. A linguagem que pode nos unir para uma construção de uma selva melhor é o respeito à natureza. Nossa sobrevivência está vinculada a ela. E este respeito as diferenças entre os seres ea cada pedacinho da Floresta está um pouco claro na resposta de cada um. A escola é o reflexo das espécies que estão na mata, das espécies que estão na água, no ar, na terra. Se em algumas coisas o bicho tem que se adaptar à escola, em outras, uma escola DEVE se adaptar ao bicho. Querer que todos virem Cordeiros, seria extinguir a beleza ea harmonia da vida. Uma educação de qualidade valoriza o que cada um tem de melhor.
A equipe se sentiu realizada. E em ambiente de felicidade o Cão encerrou uma reunião afirmando que uma escola fabulosa acabava de ser inventada.
CAPÍTULO VIII
UMA ESCOLA MEIO AMBIENTE
Antes do início das aulas o Cão Pastor levou ao Rei como conclusões de sua equipe pedagógica e solicitou algumas reformas em toda a escola.
O Leão ficou otimista com as idéias apresentadas. Mandou uma Leoa, sua nova conselheira chefe, tomar as providências Devidas. Como ela era uma raposa, não entregou as obras para as aves de rapina ou outro bicho qualquer velhaco. Mandou pregar cartazes pelas árvores avisando os animais que precisava de um grupo sério e eficiente de trabalhadores. Muitos Concorrentes apareceram, mas o Cavalo, que era macaco velho, demonstrou ser o mais experiente para o serviço.
Uma manada foi organizada para fazer uma escola fabulosa. Os cavalos trabalharam tanto que até pareciam burros de carga. Mudaram o ambiente respeitando o meio ambiente. E desta vez o Leão como não queria comer gato por lebre, mandou aumentar o tamanho do terreno. Agora havia nascentes, cascatas e lagos por todo lado. Afinal, o Elefante adorava dar nó em pingo d'água eo Sapo Cururu gostava de ficar encolhido na beira do rio. Os bichos iriam aprender o tempo todo com a mãe natureza. Era portanto, natural que o Rei mandasse plantar muitas árvores. Plantou até uma palmeira real. Assim, o Macaco, quando estivesse com uma Macaca, poderia sair traquinando pelos galhos, sem quebrar, é claro, o galho de ninguém, até porque ninhos e casinhas de João de Barro por ali Existiam. Aliás, uma equipe da intenção era mesmo do Cão Pastor nenhum bicho que se sentisse um peixinho fora d'água.
As salas de aula também foram ampliadas e preparadas para atender as Necessidades dos alunos. Cada uma era de um jeito. Tinha até sala redonda e em formato de coração, que era nenhum animal para se esconder lá no fundão. As cores eram alegres, os livros Estavam ali porque faziam parte do processo. Trancados Não eram em salas de difícil acesso. E uma lousa deixou de ser um simples quadro negro fixo em formato de rectângulo. Até porque, não haveria mais aulas sobre abobrinhas. Quando o tema fosse frutas, não seria Necessário escrevê-las ou desenha-las. Elas estariam lá, para Serem tocadas, chupadas, mordidas, lambidas até que todos os bichos ficassem bem lambuzados.
As carteiras foram redesenhadas. Algumas grandes grandes para bichos e outras pequenas para os pequenos. Havia também como reguláveis para que todos se sentissem bem confortáveis. E se o animal tinha alguma deficiência, como o Canguru Perneta, era construída uma carteira bem especial. Assim, nenhum bicho ficaria pensando que precisava dar o passo maior do que a perna.
Do lado de fora, para que o recreio fosse um bálsamo, muitas flores pelos pássaros foram semeadas. Os Beija-flores, é claro, bem este trabalho acompanharam de perto que, enquanto as Borboletas sobrevoavam o espaço para dar os retoquinhos finais.
E para que os professores não se sentissem num mato sem cachorro, prepararam uma sala de descanso com o teto pintado de céu com som clássico e de sossego Orquestrado pelo canto das aves da floresta mais afinadas.
Quando tudo estava pronto, os cavalos ficaram emocionados. Não sabiam ao certo se tinham construído de uma escola bem. Eram tantas oficinas, teatros, brinquedos, que mais parecia um lugar encantado. O Cavalo Baio, que não era besta, Pensando potrancos EM SEUS, relinchou para uma manada:
- É! Acho que estão querendo fazer uma escola feliz!
CAPÍTULO IX
A SALA DAS LETRAS
Os do sol decoravam o dia Faíscas com raios de Harmonia como um gerador de Desenho em paz. Os alunos iam chegando e se encantando com tanto uma fabulosa escola que seus olhos reluziam com luminosidades que se misturavam uma claridade insistente do astro rei. Confiante na tarefa do Porvir, o professor foi recebendo sua nova turma com um dos Imparcial felicidade que almejam irrigar uma semente evolutiva que existe em cada um. Apresentar o novo espaço era importante passo para uma longa caminhada que iria começar:
- Esta é a sala das Letras. Sabemos que a natureza presenteou-nos com Inúmeras linguagens. E são tantas, que às vezes, não nos entendemos. O que é importante para um, ou outra vez, ao outro não Convém. Afinal, nos alimentamos de coisas diferentes, brincamos de formas diferentes, amamos de diferentes formas. Os nossos lares também não são iguais. Inclusive, nem mesmo os nossos pais. O Jacaré, por exemplo, aprendeu desde pequeno a ficar ao sol. Adora tanto que não suporta parar na classe. E é natural. Assim como não podemos culpar uma Onça porque adora pegar os coleguinhas. Às vezes, é perigoso, alguém pode sair machucado. Mas faz parte do seu crescimento. Ela aprendeu tudo na selva, com os seus antepassados. E isto não está Necessariamente FORA DA LEI. O único problema é que precisamos entender a linguagem da natureza para que aprendamos uma respeitá-la. E ela só nos respeitará quando aprendermos a Respeitar o próximo: o espaço do próximo, o sentimento do próximo, a fome do próximo, a diferença do próximo. Como se fôssemos o próprio próximo. Aí teremos encontrado a razão de estarmos aqui. Teremos encontrado um texto único. Um texto para ser escrito por muitas mãos, patas, garras, barbatanas e asas. Um texto universal. Um texto de amor. UNIÃO. Um texto que justifique a razão de ser dos seres, da selva, do som, do sol ...
E neste instante, uma Cigarra, canto exercitar que queria, explodindo de preocupação com o horário da aula, Chiou:
- E quanto tempo vai demorar para aprendermos este texto perfeito?
O Cão, pensativo, respondeu:
- O tempo? ... De que importa o tempo? Temos todo o tempo à disposição em nome da nossa evolução. O que não podemos perder de vista é que aprendemos palavras a todo momento. Mas, uma certa palavra, para o momento certo, certo Colocada no texto, da forma certa, no tom certo, certo para o animal, é que é o nosso maior desafio. Um desafio em qualquer língua, em qualquer canto da floresta e em qualquer tempo.
E o maravilhoso é que já havia bicho rascunhando sentimentos e aprendizados para o texto de sabedoria que em breve fariam.
CAPÍTULO X
A PRÁTICA SALA
Na sala prática prático era tudo. Os bichos naturais exercitavam suas habilidades. O Gato melhorava o seu pulo. O Pato desenvolvia mergulho enquanto nadava tentando trocar experiências com o Peixe. O Galo aprendia a cuidar do galinheiro para um dia poder, quem sabe, realmente cantar de galo. Coisas produziam Alguns, como o Bicho-da-Seda EA Abelha. Apenas alguns bichos Sanguessugas como o Rato, o Morcego ea Raposa insistiam em ficar apenas na teoria articulando, sempre. Faziam pose de espreitavam e espertos, sorrateiros, aquela produção animal. O Macaco, um dos que aprendia com maior velocidade, se desenvolvia um olhos vistos na arte de encontrar e colher bananas. Sua produção era tamanha que acabou percebendo que mais precisava do que colhia. Começou a repartir o resultado do seu trabalho com Aqueles que não tinham uma agilidade sua. O Jabuti ficou muito grato e aprendeu a lição. Dividiu um cantinho do seu casco com o Grilo, que apesar de muito falante, no aconchego do lar novo, Cochilou.
Enquanto isso, o Cão Pastor, como um leão de chácara, cuidava para que os alunos não se ferissem NO EXERCÍCIO praticarem de uma vida. A Aranha, aliás, sempre em Arriscada POSIÇÃO, sua Tecia uma teia subindo pelas paredes e galhos.
*
Era certo que até as pérolas fabricavam Ostras já naquela escola de sobrevivência. Mas faltava um exemplo concreto de Profissional de fama, bem sucedido sem reino animal, por sua eficácia, qualidade e criatividade No processo de produção. A Equipe do professor Pastor Imediatamente lembrou da Formiga, que foi convidada para uma palestra.
No dia marcado, uma convidada veio em suas companheiras com correição. O objetivo era ensinar, na prática, que uma andorinha só, não faz verão. A força vem do coletivo esforço. A produtividade com qualidade depende da organização, do sentimento de equipe, da lealdade, da responsabilidade, dedicação e amor investido na tarefa que tem se. As Andorinhas, atentas, observavam como palestrantes, buscando ampliar os conhecimentos que já possuíam. E carregando uma folha com peso várias vezes superior ao próprio corpo, uma Formiga, para exemplificar uma vida em sociedade, completou:
- A nossa força se multiplica a partir da nossa vontade. É difícil conseguirmos o que não sabemos se de fato queremos.
Ao término da palestra maravilhosa, uma Anta, Com toda a sua dificuldade de aprendizagem, uma surpreendeu todos com uma pergunta tão importante, que até o Cão Pastor ficou pensativo:
- Mas se dizem como as formigas, é tão nobre Essa cooperação, porque Têm como uma rainha e operárias e porque guardam os alimentos e os escondem? Porque ninguém nunca dividem com nada?
E o Boi, já meio de chifre virado, Continuou:
- É! Isso parece conversa mole para boi dormir. Essa história de produtividade com qualidade total, é outro muito boa quando é com o couro do!
O Gato, felino bem, observava cauteloso.
Emocionado, antes de levar a turma para a sala da emoção, o professor meditava sobre tudo o que tinha aprendido, muito mais do que ensinado. Descobriu, inclusive, igualdade a que, a fraternidade ea liberdade, só seriam possíveis quando uma fera de cada um se desarmasse, para que o resultado da produção coletiva se transformasse também em benefício do coletivo. Acredita-se que neste instante, de fato, o Cão Pastor acabou de entender uma importancia de se fazer uma escola realmente produtiva. Uma escola Capaz de levar cada aluno à socialização da vida, muito mais do que A Socialização das coisas. Visto que as coisas, a natureza, do alto de sua sabedoria, já havia socializado.
CAPÍTULO XI
A SALA DA EMOÇÃO
Um imenso palco enfeitava o centro da sala da emoção. O professor explicou que ali um bicho iria representar o papel do outro. Sem conseguir disfarçar, o Rato, com olhar matreiro para o Gato, Chiou:
- Esta brincadeira me parece saudável!
O Gato não comentou. Até porque, olhava para o Rouxinol, contracenando um semblante dramático que desafinou o pássaro.
O Cão Pastor esclareceu que os textos criados na sala das letras, seriam usados como teoria para o que seria produzido na sala que e prática na sala da emoção haveria representação da produção coletiva, com inversão de papéis, um bicho para que desenvolvesse, na medida do possível, uma habilidade do outro.
Os animais não sabiam, ao certo, se entendendo plenamente Estavam como explicações, MAS A maioria estava maravilhada com uma paz que irradiava o ambiente. A pomba, que já tinha um texto quase pronto, transformava-o em roteiro teatral. O título acabara de ocorrer-lhe: "Paz na selva aos bichos de boa vontade". O Vaga-Lume se prontificou a cuidar da iluminação do espetáculo. Algumas aves ea Cigarra comporiam uma trilha sonora. As Borboletas cuidariam do cenário. O Panda do figurino. O Grilo criaria um poema de abertura. Havia poesia naquela harmonia natural. O dia foi curto para tanta criação. A Coruja eo Morcego acabaram tendão que trabalhar durante a noite. Em pouco tempo, aquela primeira aula, sobre o tempo, estava plenamente Entendida. A segunda aula, também sobre o trabalho coletivo,. Em coletivo encontraram tempo para o entendimento da criação.
A peça começava com o Anu passeando sobre os Bois e os Cavalos, Cumprindo o seu papel de retirar carrapatos. No cenário havia orquídeas enraizadas em árvores frondosas. Tinha o Macaco que comia frutas sobre o rio e alimentava os peixes. Um roedor que enterrava era esquecido e alimentos avisado pelos pássaros sobre como encontrar o seu tesouro.
Em um Ato especial Colibris, entravam e Rouxinóis para orquestrarem o que diria o Condor:
- A aula da vida é ampla. Não cabe em uma sala. E se coubesse, seria tão grande, que não caberia em uma escola. E se coubesse seria imensa. Tão imensa, que não caberia na selva. Que se coubesse não caberia nenhum Universo. Nós somos livres porque existimos. E existimos porque precisamos da liberdade. Única Riqueza plausível da vida. Voar, sempre que preciso, é vital. Exatamente para que deste Esforço se Alicerce a própria liberdade. Conter o que sentimos é delimita-la. Precisamos sentir o que contemos. E para isto, precisamos saber o que sentimos sem contermo-nos. Não podemos continuar tentando aprender o que dizem que é preciso que aprendamos. Precisamos Decidir com precisão o que é preciso aprender. E é só ouvir o coração. A la Mora liberdade. É um constante voar nas alturas. É soberana. E paz. E ter as asas é questão de caminhar. Independentemente da perna que se tenha. Todos evoluímos. Há sempre uma vitória em cada passo. Num tamanho proporcional ao nosso sonho e à nossa condição. E o sonho alheio, ainda que pareça indiferente a nós, é enorme como o nosso. Porque é proporcional ao que o outro espera de si próprio. E se somos diferentes é porque nos completamos. Não compete a nós o questionar das diferenças que a natureza nos Determinou.
E de repente, sem esperar uma platéia, o Condor surpreendeu a todos, inclusive ao mestre:
- Muito obrigado professor. Pastoreaste, no silêncio aflitivo de quem busca uma evolução do próximo, a nossa razão de coexistência. Estamos felizes porque estamos aqui. Esta escola é livre e adoramos aprender com liberdade.
O Cão chorou. Não esperava. Não tinha como agradecer. E os aplausos da Floresta ecoaram como o som de um Deus que não conheciam os animais.
CAPÍTULO XII
AS TURMAS
Como eram muitas turmas. Bicho para toda obra. Inúmeras Havia aulas por afinidades. Os peixes, por exemplo, tinham aulas de nado livre. Alguns, freqüentavam até o oceano. A Baleia também participava deste curso.
No Céu, quem tinha asa, exercitava vôo. Os mais pelo ar Habilidosos mergulhavam, instintivamente, e procuravam a perfeição. As gaivotas e as andorinhas eram muito dedicadas. Observavam como águias, condores os e os gaviões, que mais por Serem Experientes, atingiam as alturas maiores.
Em Campo Aberto, os coelhos e os felinos disputavam provas de velocidade. O Veado até dava salto triplo.
E tinha prova de ginástica. O Macaco se sentia o rei com seus malabarismos pelos galhos e cipós. O Mico-Leão, às vezes, desaparecia pela selva, distraído de felicidade. Era difícil encontrá-lo. Os inspetores tinham que cuidar para que ele não sumisse.
Os patos, marrecos, gansos e cisnes canoavam com leveza enquanto que os golfinhos demonstravam todo o sincronismo que tem uma natureza.
O Lobo só jogava em coletivo. Como aperfeiçoavam alcateias o sentimento de conjunto enquanto que o Porco-Espinho, isolado, preparava-se para o Tiro ao Alvo.
Dentre os amadores mais, tinha o Gato que só brincava de pega-pega com o Rato. O Que preguiça exercitava paciência. E o Peru, que parecia um pavão, brincando de passarela, para um dia, quem sabe, fazer desfile de moda.
De quando em quando, uma Escola da Natureza marcava Demonstrações aos pais, Corujas bem que, cuidavam para que seus pimpolhos melhor o fizessem.
Mas logo perceberam eles que naquele jogo nunca tinha vencedor. Ninguém perdia. E ninguém ficava uma arara com o resultado. Exercitar a vida era de harmonia em uma grande aula um ser aprendida.
O Cão, zeloso qual um técnico, anotava tudo. Cada movimento. Ele sabia que o grande jogo estava para ser vencido. A escola estava fabulosa. Os bichos, encantados. A monotonia CEDIA espaço para uma liberdade construtiva. O domínio germinava auto confiança. Havia um contágio de Valores animais. O próximo já não representava uma fera. Mas um elo de irmandade na corrente da vida.
Sabendo dos bons resultados Apresentados pela escola, a SES (Secretaria de Educação da Selva ficou preocupada). Os bois já não pareciam gado. Começavam a pensar individualmente. Isto, no futuro, poderia representar alguns riscos para o reino. Rapidamente mandaram um alerta ao Rei:
"Majestade, se não quiser ficar com o rabo não coloque meio das pernas, como barbas de molho! Tem bicho ficando esperto pra cachorro! "
O Rei ficou virado nenhum baiano Siri e mandou uma Leoa preparar uma Medida Provisória para desarmar aquela arapuca.
CAPÍTULO XIII
A Produtiva ESCOLA
A escola Parecer começava um conto de fadas, mas lá fora ainda era uma selva. A equipe pedagógica sabia que existia lobo comendo lobo. Ela não podia ser diferente apenas por dentro. Tinha que fazer a diferença na floresta. Cada animal tinha que ser cobra que não fazia. Mas a escola não poderia continuar produzindo apenas conhecimentos. Já tinha bicho ficando uma jararaca porque estava entendendo que quanto mais conhecia, mais percebia que menos conhecia, como diziam os bichos antigos pensadores da antiguidade Florestal. Era preciso Demonstrar com ações o que uma escola de qualidade era Capaz de Produzir. O animal estudante não poderia ficar tanto tempo teorizando apenas. Ainda que tivesse uma prática escolar. A Coruja, como sempre, foi a que mais discursou durante uma reunião de HTPB (Hora de trabalho pedagógico dos bichos):
- A Macaca, só para exemplificar, apesar de todas as suas habilidades escolares, ainda não sabe nem mesmo pentear macaco.
E o Cão Pastor arrematou:
- Precisamos mostrar aos bichos que uma grande aula é a vida. É ela que aprova ou reprova as nossas ações. E está aula esta na floresta, muito mais do que na escola. Lá fora abandonado tem bicho, bicho passando fome, tem bicho nenhum esgoto. Tem bicho vivendo em goiaba e até bicho-do-pé. Tem outros virando bicho grilo por decepção. Tem bicho em extinção. E bicho revoltado virando bicho-papão.
E a Águia, que não tinha titica de galinha na cabeça, filosofou:
- Precisamos banir o chupim que existe em nós. Esta escola já tem Condições de transformar o que Produz em proveito das Necessidades dos bichos carentes. Não precisamos precisar de tudo. Com isto estaremos Desenvolvendo o espírito de cooperação, a disposição para o trabalho eo compromisso com uma das espécies integração.
Toda a equipe votou favoravelmente e passou um replanejar o que chamariam de escola produtiva.
Ao tomar ciência do projeto, o Urubu, sempre muito prestativo, foi o primeiro a se prontificar uma algumas atividades sociais.O Rei mandou construir depósitos para que as frutas colhidas pelos alunos, Fossem armazenadas para Serem negociadas na floresta. O rendimento era administrado pela Associação dos Pais da Mata e usado em benefício da própria escola. Obviamente o Chupim foi o primeiro a pedir ajuda. Mas tinha SÉRIOS Critérios para uma Utilização do bem comum. Pintinhos órfãos, abandonados ninhos, eram visitados e auxiliados prioritariamente. Até mesmo como formigas operárias um ameaçaram parar sua produção se a rainha não autorizasse que uma parte excedente da colheita fosse destinada para o coletivo.
Os professores só Estavam preocupados com o desenvolvimento da sabedoria, da justiça, da benevolência. Em síntese, do amor. Mas o Leão, é claro, via tudo como um Porco. Tinha unhas de gavião e coração de escorpião. Comemorava apenas que agora já gastava menos Para manter a escola funcionando. E uma Leoa, sempre uma víbora, propunha ao Rei que não gastasse mais com uma Instituição. Tirasse uma responsabilidade do Reinado e jogasse para uma comunidade da selva o dever de Gerenciar uma educação. Nos discursos, felino bem, o Leão urrava:
- A nova Lei de Diretrizes e Bases dos Bichos propõe uma autonomia da educação dos animais. É hora dos amigos da Floresta assumirem o compromisso sobre a escola dos seus filhotes. Precisamos inventar uma Escola da Família. O Reinado não pode continuar um elefante. Está muito pesado. Cada um Cumprindo a sua parte, Poderemos investir mais na saúde e na segurança de todos.
E tinha até Toupeira que acreditava. Tinha que bicho era uma Mula. Ainda aplaudia feito Foca.
CAPÍTULO XIV
O PODER
E como uma qualidade da escola era imensa, os bichos ficavam mais críticos cada vez. O Papagaio falava já com mais segurança. Quase nem usava palavrão. O Tigre, que não era uma zebra, fazia Reuniões com o Lince eo Leopardo, um inventarem para outro tipo de governo para a floresta. Por que apenas o Leão se dava ao luxo de ser o rei da selva eternamente? Já o Gato, matreiro bem, uma Jaguatirica convenceu de que era perfeitamente Possível haver uma eleição para que o poder não ficasse sempre nas garras do mesmo. E com o tempo ele já dizia Abertamente que possuía o pulo do gato. Nem precisaria usar a força para governar. Afinal, quando dois gatos se articulam contra um peixe e fazem assembléia para decidirem se entram no rio, o peixe morre sufocado.
Mas aquilo virou uma briga de Gato e Rato. O roedor também organizou o seu palanque e acusou o Gato de tentar comer tudo o que era peixe pequeno. O Gato e reagiu o chamou de ratazana. Espalhou faixas e cartazes denegrindo a imagem do adversário acusando-o de Rato de esgoto. E o Rato, coitado, que não tinha um gato pra puxar pelo rabo, desistiu da campanha e ficou um bom tempo sem aparecer na escola, como se estivesse fugindo de ratoeiras.
Com o grupo do Tigre uma negociata foi mais simples. Eels já tinham muitas coisas em comum. O Leopardo colocou que o professor seria um ótimo candidato. Tinha boa formação e influências na Corte. Mas como a natureza não dá asa a cobra, o que se vai fazer? Quem não tem cão, caça com gato. E trepado em uma grande tora, excitava uma bicharada:
- Felinos unidos, jamais serão vencidos!
Mas tudo isto, o Leopardo só fazia porque já tinha aceitado uma proposta de ser vice-rei na chapa do Gato.
O professor, que de nada sabia, era usado nos discursos e nos panfletos da campanha. Diziam que era inaceitável o salário que pagava o Rei para os educadores. Prometiam que, se Eleitos, situação esta mudariam. Reduziriam uma quantidade de aulas para que nunca mais o professor enraivecesse por levar uma vida de cachorro.
Ao saber, o Cão Pastor nem abanou o rabo. Conhecia os discursos das cascavéis. Via que o outro era bote. E rosnou quando o Gato ladron veio-lhe Eleitoral Apoio:
- De nada vale a educação se não conseguirmos escapar das garras da ambição. Nós, pastores, cuidamos do rebanho pelo rebanho. Não temos, necessariamente, ilusão. Por isso nos desiludimos pouco.
O Gato, Quase Nada entendeu. Mas percebeu que o professor não tinha cabeça de camarão e também dava os seus pulos.
*
Não demorou muito para que uma Coruja, desesperada para recuperar o seu antigo posto de conselheira, procurasse o Rei para avisá-lo sobre as intenções do Gato. E como malandro é o gato, o Leão Determinou que o felino menor fosse banido da escola. Alguns foram enviados para Pitbulls amedrontá-lo. E deu certo. O Gato percebeu que tinha arrumado chifre na cabeça de cavalo. Ele fugiu para a floresta e acabou virando um Gato do Mato.
Quando perceberam qual era o Grilo, os outros felinos, feito ratos, silenciaram e Campanha da desistiram.
Enquanto isso, um Leoa, dizendo que o Sapo não lava o pé porque não quer, Convención o Rei de que uma escola para todos até que poderia nem ser para todos. Sugeriu que fosse criada uma escola só para Leões e uma outra para o resto dos bichos.
Percebendo que não ficar para continuar e poder na história ele teria que dar saltos de canguru, o Leão meditava enquanto escrevia o seu discurso para uma festa de formatura. Ele sabia que tinha força física, mas não tinha força moral para perpetuar o poder hereditário. Sua soberania estava em cheque. Conseqüentemente o seu dominio. Uma escola com qualidade estava nivelando o saber. E a sabedoria, quando Entendida pelo coletivo, pode, não apenas derrubar um rei, mas qualquer sistema abalar.
À noite, carinhosamente Distribuindo lambidas felinas, uma Leoa sussurrou ao Rei a receita do que se Tornaria ano seguinte a escola dos sonhos do:
- A cadeia alimentar é uma grande prisão. O equilíbrio da Natureza representa o calabouço, uma algema para algumas espécies ea liberdade para outras. Um bicho parasita DEVE continuar parasita. Devem continuar como presas presas para que o predador sobreviva.
E quando o Leão estava quase cochilando, uma ostensivamente urrou Leoa:
- Para se Manter no poder, liberte os alunos menos favorecidos pela natureza! Aprove-os automatically por fazer aquilo que já sabem. Eels evoluirão e isto não o Mantera dominante.
O Leão dormiu tendão pesadelos horríveis. Sonhou com uma selva só de Leões. Amanheceu com uma juba encharcada de suor. Acordou uma Leoa e Determinou que ela marcasse uma reunião urgente com os seus conselheiros. Era dia de formatura e ele não queria ser pego de calça curta. Devia colocar as barbas de molho.
CAPÍTULO XV
A FORMATURA
Havia um texto coletivo que tinha Sido letras das preparado na sala, especialmente para o dia da formatura. Diversas apresentações de arte irradiavam uma sensibilidade difundida na emoção da Sala. Da prática sala via-se por toda parte o resultado da ação dos bichos aprenderam que o manuseio dos elementos que sempre estiveram na natureza. Os objetivos gerais da atingidos Estavam escola. Sobreviver não era mais uma questão de eliminar o outro. Havia uma cadeia de harmonia, uma que produzia uma vez iniciada sua própria propagação. Uma interdependência, qual os gomos de uma corrente. Como os pingos que formam uma correnteza do rio. A extinção de um pode impedir uma Existência do outro. A natureza é sábia. E agora já se sabia entendê-la.
As Autoridades da selva Estavam todas lá. Dóceis mais algumas, outras mais hostis. Mas tinham, todas, parte naquele sistema. O Pingüim, com seu terninho elegante, era o mestre de cerimônia. Ele iniciou a solenidade pedindo que ocupassem os formandos os da frente não toquinhos imenso auditório Florido. Infelizmente os alunos do curso noturno porque faltaram Estavam muito cansados. Na hora de montar uma tora de Honra, o Leão franziu a testa porque o Pingüim, ao chamar uma equipe pedagógica, colocou o professor para ocupar o lugar mais nobre dentre os convidados.
O diploma era um canudo de bambu simbólico, vazio. Eels sabiam que o saber não estava nos títulos. A verdadeira sabedoria só poderia ser comprovada com atitudes. E isto ficou bem claro nenhum latido do paraninfo Mestre:
- Esta escola, apesar de fabulosa, é o reflexo do que temos na selva. Os bichos que aqui chegam já trazem instintos e seus conhecimentos. Não podemos educar bem os filhotes se não nós melhorarmos um. Uma boa escola pode até não influenciar aperfeiçoamento da floresta. Mas nunca mudá-la. E borboletas Víboras, Sanguessugas e Colibris sempre demonstrarão como contrarias Forças da Natureza. Poucos se permitem domesticar. A poucos uma tarefa de polinizar. Garras para muitos. Mas cabe um cada um a liberdade de Decidir o que fazer com a fera interior. A nossa parte, apenas uma possivel. Não se pode to claim da escola que ela cumpra os papéis que Não possui. Assim como não se pode culpa-la por não Executar as Tarefas que não tem. Educar é um ato de amor. Um amor tão intenso que em tudo está, em todos e em toda parte. Usa-lo com sabedoria e justiça é o nosso papel.
Nos urros do Rei, meio sem jeito e se sentindo cutucado com vara curta pelo discurso canino, ele foi curto e grosso enquanto esboçava um sorriso de lagarto:
- Estamos construindo uma escola ideal para o ideal de cada bicho. Cada qual pode nadar que tem conforme. E isto é também uma lei da natureza! Mandar Alguém que tem no galinheiro. Eu estou no topo da cadeia porque sou um instrumento da natureza. Um instrumento da vida e da morte. Sempre foi assim e sempre será!
É claro que o Leão não estava se sentindo em casa com tantos felinos por perto. Fez questão de entregar o canudo da Toupeira e voltou para o Palácio rapidamente. Nem ficou para ouvir o discurso do Castor, que de dentinhos para fora, tinha superado seus complexos e aceitado o papel de orador da turma. E ele foi bem direto:
- O bicho, meigo embora que, sobreviva entre feras, amplia seus instintos, de querer também ser fera. Mas aqui, aprendemos que na selva há espaço para todos. Não precisamos invadir o Território alheio. E o ser desarmar, por dentro, é a melhor maneira de desarma-lo por fora.
Todos aplaudiram emocionados, enquanto que os Vaga-Lumes iluminavam toda a escola porque aquilo virou uma festa que entrou noite adentro. As hienas, como sempre, riam muito. Os pássaros cantavam. O Alto falava Papagaio. Os bichos brincavam, felizes, como se soubessem, que apesar de tudo, a escola teria fim nunca.
*
E há Bicho Que diga, que foi visto caminhando sorrateiro, pela Floresta Encantada, um animal curioso, muito estranho. Meio parecido com o Macaco. Duas pernas, sem rabo, pouco pêlo, sem garras, mas com jeito nocivo. De olhos arregalados, uma Coruja viu o ser bizarro. E ele estava espiando a natureza da escola, mas não se sabe exatamente a razão.
... Só o cachorro, um olhar a lua, uivou. Como quem tivesse saudades de um grande amigo.
Mas, entretidos, os outros bichos não perceberam. E uma grande obra Continuou.
*
Agradecimentos: Vinícius Franco, Thaís Franco, António Ferro, Reinaldo Melo, Marcos Tomé e pelas Rita Franco Inúmeras contribuições não transcorrer da construção desta obra.
Agradeço, com carinho especial, ao Jornal Folha pela iniciativa inédita, na região, de publicar um livro em capítulos.
Gostaria que fosse citado o autor do texto: PAULO FRANCO. Abraços.
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